Foram encontrados 325 registros para a palavra: Agenor Santos

Artigo – Da tempestade... À bonança!

Ainda que, felizmente, as manifestações do dia 7 de setembro transcorreram de maneira pacífica, no sentido da não intercorrência de atos de violências físicas, sejam dos participantes ou da Polícia, antes imaginados e até pregados por alguns mais exaltados - expectativa que trouxe muita preocupação em todo o País -, a apoteose, porém, foi marcada pelo tom destemperado e infeliz, exatamente por conta de quem devia pregar a paz, o respeito e a moderação. 

Não obstante o detalhe de não ter havido a prática do vandalismo, muito frequente em movimentos políticos dessa natureza, é impossível não reconhecer que existiram outras formas de agressão aos direitos individuais e às instituições, tanto por faixas e cartazes, como pelo discurso odioso do candidato que ocupou o palanque do grande comício, sempre a insuflar o estado de ânimo do povo à sua frente...

Artigo – Uma falsa liberdade?

Historicamente, todas as manifestações com a participação ativa do povo, geralmente têm fortes embasamentos motivacionais no combate ao poder absolutista e ditatorial, em que a liberdade de expressão e os direitos fundamentais do cidadão são violentamente suprimidos. Diante dessa clara percepção e vivendo num regime democrático, é inadmissível que se esteja a convocar uma grande manifestação nacional na Capital do País em 7 de setembro, sob a inconcebível e questionável invocação de que se trata da luta pela LIBERDADE! De que tipo ou falta de liberdade no País efetivamente se reclama? Pelo não retorno das ultrapassadas formas de apuração de votos?

E o pior de tudo é testemunhar-se que por trás de toda essa aberração estúpida, ou diria melhor, à frente dela, está o discurso insidioso do próprio líder maior da Nação, Chefe de um dos Três Poderes da República, a se insurgir contra os outros dois Poderes - mais particularmente contra o Judiciário -, justamente aquele que deveria estar estimulando a paz interna, o entendimento e o espírito de nacionalidade, e não da desordem e da violência! Até onde lembramos, essa prática pertencia a certos grupos radicais de esquerda que, até pouco tempo atrás, apareciam infernizando a vida rural, notadamente no interior do País. Leia-se MST...

Artigo – Uma nação perplexa! (II)

Uma particularidade interessante utilizada pelo Facebook é reeditar alguma foto marcante que alguém tenha publicado há alguns anos e que reapresenta para ativar as suas lembranças, ao lado da pergunta clássica se deseja “enviar ou compartilhar com alguém”, a exemplo da foto da ilustração acima por mim postada num texto, há algum tempo.

A ideia coincide com o pensamento deste cronista quanto à vontade pessoal em rever, de vez em quando, o que escreveu em crônicas passadas quanto ao momento político, econômico ou social vivido pelo país em determinado ano ou período. Isso faculta a análise comparativa de épocas diversas. Assim, selecionei alguns trechos da crônica “UMA NAÇÃO PERPLEXA!”, publicada sete anos atrás, em 17/08/2014, e vamos notar que no contexto de escândalos e amadurecimento do perfil de nossas autoridades ao longo desse tempo, pouca coisa mudou. E se mudou foi para muito pior...

Artigo – “Como as democracias morrem”

O show de horrores diários que o brasileiro está assistindo no cenário político nacional, é de provocar grandes perplexidades em cada cidadão, pelo que contém de esdrúxulas e irreverentes atitudes no comportamento dos principais atores desse grande teatro politiqueiro, ou da politicagem. 

Tudo que possa acontecer numa roda de discussão política entre pessoas comuns de posições ideológicas divergentes, e que eventualmente ultrapasse os limites da cordialidade e do respeito, são, até certo modo, compreensíveis e suportáveis, ainda que deixem algumas marcas e mágoas entre amigos, a depender da intensidade das paixões. Alguns até dizem que política, futebol e religião, não se discute...

Artigo – Da fraude eletrônica para a manual?

Nos dias atuais de tanta modernidade, em que só se pensa em cada novo passo como um avanço para o futuro, quando se fala em voltar ao voto impresso por um vago pressuposto de que ele oferecerá mais segurança e transparência eleitoral, parece-me um argumento sem a indispensável clareza e objetividade, além de um evidente retrocesso histórico.

Por mais que o Presidente Bolsonaro, tente repetir a inconsistente pregação de que a urna eletrônica permite a fraude, a tese esbarra numa questão de ordem bastante técnica, mas que foi muito bem fundamentada numa declaração lógica do Presidente do TSE e Ministro do STF, Luiz Roberto Barroso, quando justificou:..

Artigo – Pai: Esse amigo eterno!

Todos nós comemoraremos, nesse domingo, 08 de agosto, mais um dia tradicionalmente dedicado ao “Dia dos Pais”. Como acontece com tantas outras “Datas” do Calendário Universal, essa é uma das marcantes por reconhecer o valor incomensurável de um homenageado notável, enquanto outras são criadas com sentido estritamente comercial.

Importante neste momento festivo, não é pensar no Dia ou data específica, mas o que representa o ilustre homenageado e o seu papel na estrutura social. Ao lado solidário das Mães, essas consagradas rainhas do lar, repositórios de amor, dedicação e doação permanente aos filhos, encontra-se essa figura ímpar dos Pais, baluartes na luta diária pela sustentação da casa e os responsáveis pela moldagem dos valores morais nos seus filhos. Festejá-los num dia em especial, certamente permitirá a lembrança de que eles estão presentes nos 365 dias do ano, e não exclusivamente em um deles, apenas!..

Artigo – A linguagem do troca-troca, voltou!

Quando alguém se propõe a exaltar o conceito diferenciado de um governo em detrimento de outros anteriores, subentende-se que o faz por uma visão de princípios e coerência em torno de razões de integridade, e não somente por um item específico, a exemplo do que tanto se insinua sobre o governo atual de que não há mais a prática da corrupção que tanto se consagrou nos últimos governos. 

A propósito, o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deixou o governo, recentemente, face a processo investigatório por suspeita de envolvimento em negócios escusos na exportação de madeira. O fato já planta a dúvida quanto à absoluta imunidade do governo no que tange a qualquer indício de corrupção. Vamos acreditar que pare por aí. Acreditar e imaginar é uma coisa, não acontecer, é outra bem diferente...

Artigo – 2022: A volta dos “santos do pau oco”!

É notório que nenhuma sociedade tem o poder de construir a sua própria história num simples passe de mágica ou por um eventual decreto dos governantes. Ela é o resultado de um enorme conjunto de fatores raciais e culturais, das progressivas descobertas e do crescimento pelos caminhos naturais do aprendizado.

Essas foram as regras básicas que impulsionaram o homem desde a pré-história, da Era dos Metais (Idade da Pedra, Idade do Bronze e Idade do Ferro) até a atual “Era do Silício”. É uma trajetória de milhares de anos marcada por civilizações de perfis os mais diferenciados possíveis...

Artigo - O lixo mental – II

Não tenho a pretensão de ser recalcitrante no tema da limpeza, como se, de repente, um profundo complexo tenha me impulsionado em direção a um estado de chatice, reclamando de tudo e de todos que têm como prazer básico emporcalhar as cidades.

Alguns o fazem pelo prazer mórbido de cobrar das Prefeituras uma melhor limpeza das ruas, às vezes motivados pelo desejo de atingir pessoalmente o Prefeito, quando são os primeiros a jogarem lixo em vias públicas. Mas, sem esgotar o assunto e sem pretender cansar o leitor, espero estar contribuindo na promoção de algum novo despertar positivo, inspirando alguém a mudar o mau costume que possui. Ou seja, se o Gestor da cidade não faz a limpeza correta, e o cidadão suja com as próprias mãos, ambos estão totalmente errados...

Artigo – Do sonho à realidade – II

Templo de Partenon, na montanha de Acrópole, no Centro de Atenas, Grécia

Depois de um giro deslumbrante pelas raízes de culturas que sedimentaram as bases de civilizações milenares, em que as emoções parecem conduzir os visitantes à pretensão inglória de passar a história a limpo, retornei com sentimento de mais respeito à criatividade, à força e à energia dos bravos construtores civis daquela época. Sem os recursos técnicos e de equipamentos hoje existentes, a pergunta inquietante que mais se ouvia era “como foi possível a construção de tantos e tão belos monumentos naquele tempo, cujo grau de dificuldade parecia não ter limite”? ..

Artigo – Às margens do Velho Chico

Em meio de tantas notícias desagradáveis dos últimos tempos, que entristecem e deprimem, seja pela perda de alguns entes queridos ou pelas dores e sequelas causadas por um certo vírus maldito, nada mais sugestivo e acolhedor do que me dirigir ao recolhimento ao longo de alguns dias, respirando a pureza do ar que enriquece a vida rural, e me deliciando com a beleza do canto dos pássaros.

E, em complemento de tudo isso, nada mais encantador do que a contemplação diária de um idoso de 520 anos de idade que passa à minha frente, e desfila pujante e altaneiro, exibindo beleza e riqueza, força e energia, para o deleite de quantos queiram bater palmas ao seu eterno poder. Então, palmas para: O VELHO CHICO!..

Artigo - O que é isso, Presidente?

No amplo universo de simpatizantes ou apoiadores do atual Presidente – para cujas posições tenho democrático respeito -, são muitos os fidelizados de maneira tão absoluta que não admitem qualquer restrição às suas mais absurdas atitudes, particularmente quando não reconhece a importância da vacina ou não refreia o seu descontrolado ímpeto verbal. A interrogação do presente título, certamente causará natural e compreensível inquietação. Mas, aqui não se inventa nada, falamos à luz dos fatos, e a ilustração retrata bem o que se segue.

É recorrente dizer, mas qualquer tema que se escolha para uma breve reflexão semanal, sempre terá alguma ligação direta ou indireta com o problema nacional de grande dimensão, aquele que aflige e mexe com a vida de todo cidadão neste País: a PANDEMIA. Naturalmente, seria estafante reiterar os detalhes e motivos ligados ao retardamento pelo Governo das decisões que deveriam ter sido mais ágeis nas providências iniciais para habilitar as primeiras vacinas, ou inútil ao criar sofismas humorísticos ingênuos de que a vacina transforma as pessoas em jacaré. Obviamente que se tivesse tido uma visão menos individualista e mais abrangente no interesse coletivo, muitas vidas poderiam ter sido poupadas dentre essas 500 mil...! Mas, na verdade, faltou o que chamamos de sabedoria para gerenciamento de crise, e aí estamos vendo no que deu...

Artigo - E quando tudo isso passar?

Como se não bastassem todos os fatos trágicos que atormentam a humanidade, consequentes de um cenário de dor e sofrimento que ceifa vidas, destrói a estrutura familiar e social, e desmonta a estrutura econômica de uma sociedade ativa e produtiva, os efeitos da Pandemia trazem a marca das incertezas num futuro cheio de incógnitas e perguntas ainda sem respostas.

É perceptível que nos países desenvolvidos e de cultura mais sedimentada, em cada momento que os governos adotam maior liberalidade de circulação e suspendem as restrições, o comportamento das pessoas extravasa uma naturalidade e espontaneidade que não reflete que aquele País passou por uma Pandemia grave. Talvez seja por uma questão cultural, o que não acontece nas nações menos preparadas ou não tão acostumadas com catástrofes históricas, que se abatem e sofrem com maior intensidade os efeitos dessas calamidades, em todos os segmentos sociais e econômicos...

Artigo – Copa América ou Copa Vírus?

A cada dia, a cada hora e a cada minuto que passa na vida do cidadão, testemunha-se que este ser é atropelado por uma avalanche de fatos que mexem com a sua estrutura, seja influenciado por circunstâncias naturais e trágicas, como os efeitos de uma Pandemia, ou causado pelas ações intencionais ou mal intencionadas do próprio homem, que podem gerar consequências as mais inusitadas.

E no emaranhado de incidências de todos os níveis, o que mais impressiona é a incapacidade ou indiferença de certas autoridades em estabelecer a dimensão e o perfil das prioridades, de forma a amenizar a intensidade do sofrimento da população indefesa à sua volta. Num País que se aproxima da grave estatística de meio milhão de mortos com a Pandemia, o que se percebe nas análises de muitos políticos - cada qual mais tendencioso em dar ênfase às suas posições político-partidárias -, são avaliações distorcidas da realidade, nas quais existe mais preocupação em destacar em qual posição o Brasil se encontra no ranking dos países que vacinaram no mundo, do que pensar no número de vidas já perdidas...

Artigo – Papa: “Vocês não têm salvação!”

No último dia 26/05, o Papa Francisco, com o seu humor já característico quando anda na Praça S. Pedro, no Vaticano, cumprimentando e benzendo as pessoas de todo o mundo que ali comparecem para buscar a bênção do Sumo Pontífice ou mesmo só para vê-lo de perto, brindou o mundo, e em particular o Brasil, com uma frase que ainda que tenha todo o tom do humor portenho, trouxe no seu cerne duras verdades que devem nos levar à reflexão.

No simpático percurso que faz a pé, desta feita pelo pátio de San Damaso, o Papa passou em frente a padres brasileiros e foi logo abordado pelo jovem padre João Paulo Souto Victor, de Campina Grande (PB), que apelou em claro italiano: “Santo Padre, reze por nós brasileiros”! Numa repentina explosão de humor, associado à verdade do que pensava, o Pontífice aproximou-se um pouco mais como a querer falar ao seu ouvido, e respondeu: “Vocês não têm salvação... É muita cachaça e pouca oração". E aqui cabe a pergunta: Verdade ou engano?..

Artigo – “Simples assim: Um manda e o outro obedece”!

Essa frase, revestida de gritante subserviência, foi pronunciada pelo então Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, numa entrevista pública, com o Presidente da República ao seu lado às gargalhadas, um dia após ter sido desautorizado, publicamente, pela não aprovação presidencial à assinatura do seu Ministro num protocolo de intenções firmado durante a reunião com os Governadores, em que ele se comprometia a comprar 46 milhões de dose da Vacina Coronavac.

De maneira incompatível, sem ética e deselegante com o seu Ministro, Bolsonaro declarou que não compraria vacina da China - claramente porque as iniciativas preliminares foram do Governador Dórea -, e ainda complementou de forma autoritária, bem ao seu estilo, afirmando que: "Não compraremos a vacina da China [...] O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade." E aqui questiono: inclusive a autoridade de deixar as pessoas morrerem? Parece que sim...

Artigo – Brasília: o circo está armado!

A vontade de acreditar e até mesmo dar um pouco de confiabilidade a um projeto político que muitos, ou até alguns milhões acreditam, vez por outra, ou quase sempre, depara-se com cenas marcadas por atitudes do Presidente da República, nem sempre tão condizentes com a postura do Chefe de Estado que se deseja para o Brasil. Não é à toa que o seu índice de aprovação inicial decresce violentamente... Eis a pergunta: Será que não existe na sua Assessoria uma pessoa, sequer, com parcimônia e credibilidade, em quem esse cidadão possa ouvir?

O Presidente pronunciar palavrões na hora de desabafos com repórteres, já virou lugar comum e, em nenhum momento, deve ter lhe passado à cabeça o quanto isso representa de péssimo exemplo para a juventude, em visível contradição com aquilo que os pais desejam passar aos filhos. Alguém, jocosamente, já disse: “tira as crianças da sala que o Presidente vai falar”! Permito-me não repetir palavras tão chulas que já ouvimos ao longo desses dois anos, ditas em frequentes explosões incontroláveis de ira. Às vezes imagino que ele ainda não se sente incorporado à liturgia do cargo, ou não está nem aí para o tamanho da envergadura que o cargo representa!..

Artigo - Mãe: fonte de amor e energia!

Nesse já consagrado segundo domingo de maio, nada melhor que juntar pequena coletânea de algumas emoções contidas em crônicas que escrevi ao longo dos últimos anos, ou melhor, a partir de 2013, dedicadas a esse ser mais que sublime e soberano: MÃE!

Começo por lembrar um detalhe histórico de que o desejo de homenagear as mães foi inspirado nas emoções e carências de uma jovem americana – Anna Jarvis – que sentia muito pela morte de sua mãe e assim no ano de 1905, juntamente com algumas amigas, teve a ideia de sugerir a instituição de uma data no mês de maio para que as mães, com muita justiça, fossem lembradas e homenageadas. A conquista foi se consolidando gradualmente e somente no ano de 1914 os festejos foram unificados em toda a América do Norte...

Artigo – Procura-se freio para língua

Sempre que não se encontra no mercado comercial aquele produto de que tanto se necessita para o uso na atividade normal do cotidiano, é comum que pelos meios possíveis de divulgação, inclusive pela prática do boca-a-boca, se utilize a linguagem do “Procura-se”, como forma de localizar aquele item que possa resolver o problema de eventual carência.

Naturalmente, o leitor está surpreso com a analogia, visto que o título da crônica se reporta a um órgão da maior significação em nosso corpo, responsável por diversas funções no organismo humano, “como a percepção dos sabores e a formação de sons correspondentes à fala, além de complementar o processo de deglutição”. Difícil classificar o grau de maior ou menor importância, porque qualquer desvio de qualidade no seu desempenho, traz sensíveis prejuízos ao seu detentor. E a sua perda por algum acidente, priva o indivíduo do bem maior que é a capacidade de comunicação...

Artigo – “Deixa essa pandemia passar!”

O título nos sugere o mote mais recentemente popularizado no diálogo entre as pessoas e ouvido constantemente nos últimos 14 meses em que a humanidade se viu impulsionada ao afastamento físico, e ao isolamento de amigos e familiares, de forma a estimular a proteção natural contra a eventual transmissão indesejável desse vírus infeliz, que se chama: “Novo Coronavírus”. Aliás, que se denomina ou apelidado de... porque ninguém o chamará, jamais!

Nenhum castigo pode ser mais doloroso para um povo tão espontâneo e alegre como o brasileiro, do que ser obrigado a cumprir protocolos de comportamento que lhe impõem o impedimento de circular livremente, dar e receber o abraço afetuoso, e bloquear o sorriso comunicativo e feliz, pela necessidade do uso da máscara protetora...